Do relatório de inspeção do Tratado Antártico, disponível aqui.
resumo
A equipe de inspeção só poderia elogiar a Equipe brasileira pelo espírito e compromisso com o qual eles estavam executando esta complexa e importante tarefa. A estreita cooperação entre PROANTAR, a Marinha e o Ministério do Meio Ambiente e do programa de monitoramento ambiental que acompanhou o trabalho de limpeza foi impressionante. O Brasil teria muito a oferecer à comunidade internacional da Antártida, em termos de lições aprendidas, através do processo em que está atualmente envolvido.
recomendações
que o Brasil compartilhe as lições aprendidas com os outros partidos [do tratado] quando concluir sua investigação para a causa do incêndio e completar o clean-up.
Não é muito da nossa tradição naval deixar transparentes as causas dos acidentes. Comentários nossos no
blog do poder naval:
Vacilos desses são imperdoáveis em qualquer marinha que se preze.
Uma diferença é que nos países desenvolvidos, as coisas ficam às
claras, as punições rolam (inclusive com rebaixamentos e multas em
espécie) e os incidentes viram estudos de caso p/ que não se repitam. Em
outras marinhas, rola o abafa, quase nunca alguém é punido e lições
deixam de ser aprendidas.
Alguém já viu publicamente algum relatório oficial sobre o que
realmente aconteceu – p/ ficar em um só exemplo – na colisão do CT
Sergipe e o Eugênio C em 84?
Os incidentes em marinhas de terceiro mundo podem esconder algo
perverso. Não se pune em toda extensão dos regulamentos porque a
apuração pode mostrar que os navios se fazem ao mar em condições
precárias. E aí, as “otoridadi” teriam que responder também.
Falando em tradição, ficou feia também a falta de reconhecimento
ao apoio do HMS PROTECTOR, que atendeu ao
distress call.